Lucas Bertolino idealizou sua trilogia nas festividades natalinas de 2008. Nessa época, influenciado por séries inglesas famosas, o autor descreve Arion como um feiticeiro, que vive em um mundo fictício, onde se depara com um grupo secreto comandado pelo rei, e acaba envolvido em uma grande aventura. Foi nessa versão que foram criados vários pontos que ainda jazem no livro atual, como as personagens Tumilínea, Skan, Iam e Emyline (que representava a Ana atual), o cenário do Chafariz Congelado e o Círculo – que era o grupo secreto de guardas do rei.
Após vinte e três capítulos intensos e a chegada do final de Maio de 2009, Lucas se vê insatisfeito com a versão de um Arion feiticeiro e decide recomeçar sua história, com a ajuda de uma amiga, Cláudia, colocando Arion como um mortal qualquer, uma espécie de exilado, vivendo em mundo divido em cinco reinos de dons distintos, cujo futuro é um embate sangrento. A ideia dos reinos também prevaleceu na versão atual, porém, foram reduzidos a três.
Ainda não conformado com o passado de seu personagem, o autor, após sete meses amadurecendo suas idéias, decide mudar, novamente, seu personagem principal, levando Arion para o “mundo real”, como um garoto abandonado pelos pais no período da ditadura militar brasileira. Nesta versão, Arion era mandado para a casa de sua tia e lá conhecia sua prima Ana. Juntos, os primos acabavam perdidos em um mundo desconhecido.
Em junho de 2010, Lucas Bertolino finalmente retoma sua história, após quatro meses afastado de sua obra, e faz o roteiro da série em duas semanas – sendo que o último ele escreve em um dia. Ele abandona a ideia de uma convivência com a tia distante e transporta seus personagens para o interiror de um conturbado internato no Rio de Janeiro.
O núcleo de “A Lenda de Arion” finalmente fica pronto e Lucas começa a narrar euforicamente a batalha que abalaria todo um mundo.
